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A mostrar mensagens de novembro, 2022

Depois do pôr do sol

  Depois do pôr do sol Não! O meu pai não! Não podes ir assim pai! Eu ainda preciso muito de ti. Por favor acorda, por favor não me deixes, por favor não vás, eu imploro-te…  Gabriel sentiu o seu coração despedaçado, em cacos, a sangrar. No momento em que o seu pai morreu, parte da sua alma morreu com ele. Era uma dor profunda, que não conseguia pôr em palavras. A mãe abraçava-o, também ela em sofrimento, sem conseguir controlar o choro que a consumia rapidamente.  O funeral terminou, mas ele não conseguia sair dali. Tinha conseguido conter o choro, soluçando de vez em quando, dormente, apático, sem conseguir sentir nada. Ele achava algo agradável não sentir achando que tudo não passava de um terrível pesadelo de que estava ansioso que terminasse, no entanto, ao olhar para a sua mãe nos olhos, deixando de ver o brilho que costumava ter no olhar percebeu que era real. O seu pai tinha desaparecido para sempre, deixando, mais do que saudade, memórias e lembranças que ficaram por criar.  A