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Depois do pôr do sol

  Depois do pôr do sol Não! O meu pai não! Não podes ir assim pai! Eu ainda preciso muito de ti. Por favor acorda, por favor não me deixes, por favor não vás, eu imploro-te…  Gabriel sentiu o seu coração despedaçado, em cacos, a sangrar. No momento em que o seu pai morreu, parte da sua alma morreu com ele. Era uma dor profunda, que não conseguia pôr em palavras. A mãe abraçava-o, também ela em sofrimento, sem conseguir controlar o choro que a consumia rapidamente.  O funeral terminou, mas ele não conseguia sair dali. Tinha conseguido conter o choro, soluçando de vez em quando, dormente, apático, sem conseguir sentir nada. Ele achava algo agradável não sentir achando que tudo não passava de um terrível pesadelo de que estava ansioso que terminasse, no entanto, ao olhar para a sua mãe nos olhos, deixando de ver o brilho que costumava ter no olhar percebeu que era real. O seu pai tinha desaparecido para sempre, deixando, mais do que saudade, memórias e lembranças que ficaram...

Cristóvão e Tito

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Era uma vez... Não, este conto não irá começar da forma habitual. Prefiro inovar um pouco. Cristóvão é um monstro que vive numa gruta bem no centro da floresta mágica. Um sítio belo, cheio de cores vibrantes habitado pelas mais diferentes formas de vida. Fadas, bruxas (não, não são bruxas más e feias com uma verruga no nariz. Estas são bruxas luz, seres puros que mantêm o equilíbrio na natureza), anões, unicórnios, coelhos falantes e gigantes. Como seria de esperar, Cristóvão era o único ser da floresta de que ninguém gostava. Tinha mau feitio e metia medo, muito medo às restantes criaturas. Era enorme, maior que os gigantes, era feio, muito feio e muito resmungão. As fadas, no entanto, tentavam-se aproximar dele, mas sempre sem sucesso. Levavam flores, deixavam fruta fresca, legumes, presentes. Até enfeitavam a entrada da gruta com purpurinas mágicas. As bruxas também tentaram a sua sorte deixando cestos cheios de gluseimas coloridas.  Mas ele odiava e acabava sempre por afugentar...