A insensatez na sociedade atual

Cada vez mais vivemos num mundo extremista em que "uma loucura racional é aceite pela sociedade e uma loucura irracional condenada por ela" .
Há algum tempo atrás saiu uma notícia que dizia que um jovem fez um projeto escolar de teor artístico intitulado "Portugal na forca". Porém, quando a obra foi exposta, um cidadão exemplar, de alma pura, sem pecados, fez queixa à GNR, que foi até ao local da exposição confiscá-la. O jovem criador foi ouvido pela polícia judiciária e formalmente acusado do crime de ultraje
Por muito que eu queira abordar a questão de um ponto de vista que não o óbvio, em todos eles só encontro o absurdo.
Para mim, isto apenas demonstra a mente fechada e retrógrada que os constituintes da sociedade possuem.
Como é que é possível um jovem que, a meu ver, está a alertar para um sem fim de problemas nacionais acaba acusado?
Vi uma frase na Internet enquanto pesquisava sobre a insensatez na sociedade atual e, acidentalmente, tropecei nesta incrível história sobre o jovem.
"Loucura, é achar que loucos são aqueles que fazem coisas que a sociedade pré-define como loucura, quando na verdade loucos, são vocês, que se julgam tão normais.". Do ponto de vista sociológico, esta frase traduz uma realidade atual sem fim à vista.
No nosso dia a dia, deparamo-nos com atitudes e situações de pessoas a gozarem e a criticarem outros apenas por serem diferentes, por não fazerem parte dos padrões sociais.
Mas quem cria estes padrões? Quem diz o comportamento que devemos seguir?
Bem, a resposta a estas questões é muito simples: somos nós.
Somos todos nós que, direta ou indiretamente contribuímos para que pessoas ditas "anormais" sejam tratadas como seres inferiores. Mas, por outro lado, também somos nós, seres sociais, que detemos o poder para alterar este pensamento e estas atitudes sociais.
Cada vez mais as pessoas são insensatas, desprovidas de valores morais e até mesmo de respeito pelo outro.
Para mim, loucura é achar que somos melhores que os outros seja pelo poder que detemos, seja pelos bens que possuímos, seja pela formação que temos quando, no final de contas, teremos todos o mesmo fim.

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