Um perigo chamado smartphone

Cada vez mais, somos seres "tecnodependentes", ou seja, dependentes da tecnologia.
É uma realidade que nos dias que correm, quase ninguém vive sem o smartphone e é inegável o quão benéfico é a sua existência.
Muitos aspetos da sociedade moderna foram melhorados desde que se deu o "boom" tecnológico.
Porém, apesar de todos os aspetos positivos que conhecemos - como a facilidade na comunicação, a diminuição da distância, a união ao mundo, facilidade de pagamentos, consulta de email, previsão meteorológica, etc. - existem alguns aspetos negativos que, quando ignorados, podem resultar na morte do irresponsável e daqueles que o rodeiam.
Cada vez mais vejo os condutores a conduzirem e a mandar mensagens ou a consultar as redes sociais. Tenho notado um notável aumento de pessoas a andarem agarrados ao telemóvel perdendo a noção daquilo que os rodeiam acabando, muitas vezes, por se magoarem desnecessariamente.
Por exemplo, num belo dia de verão um senhor entrou no metro a mexer no telemóvel e a rir à gargalhada enquanto olhava para o ecrã completamente alheio do que estava à sua frente. Quando se apercebeu já era tarde de mais e bateu com a cabeça na barra de apoio (aquele ferro vertical que usamos para nos agarrarmos). Claro que a culpa era da barra que estava no sitio errado e não do cavalheiro que estava noutro planeta.
Isto serve para percebermos o decréscimo acentuado da comunicação interpessoal. As pessoas já não falam umas com as outras, não interagem, não socializam.
Assim que entram no mundo virtual, o mundo real deixa de existir e isso não é, de todo, um aspeto positivo.
Eu sou, confesso, uma das pessoas que trocou um bom livro pelo telemóvel. Contudo, tenho tentado reverter este facto e passei a ler mais e a distanciar-me das redes sociais e do universo virtual.
Prefiro, mil vezes, falar, rir, desabafar e comunicar com outra pessoa do que o fazer com um mísero ecrã.
À conclusão, os avanços tecnológicos foram o maior feito do homem desde a viagem à lua, porém é necessário estabelecer limites e não esquecer o meio e as pessoas que nos rodeiam porque a base da sanidade mental é a comunicação.

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