Violência doméstica - definição e opinião

Antes de escrever este artigo, procurei em inúmeros sites e blogues na tentativa de confirmar a existência de uma definição para este termo. Todavia, todas as definições que encontrei ficam, a meu ver, muito aquém da realidade.
Como é que se pode definir algo tão atroz que, cada vez mais, afeta os casais?
Assim sendo, vou criar a minha própria definição. A violência doméstica é, na minha perspetiva, um conjunto de ações degradantes entre os elementos de um casal. Engloba, não só a violência física como também a violência psicológica, sexual e económica. É o privar de comunicar com pessoas do sexo oposto e, nalguns casos, do mesmo sexo; é o seguir obrigatoriamente um código de vestuário absurdo; é a proibição de se divertir, de sorrir, de conviver e de viver.
No fundo, a violência doméstica é o princípio do fim, a falta de respeito extrema entre um casal.
Na imprensa, fala-se muito da violência praticada onde o homem é o agressor e a mulher a vítima mas os números mostram uma outra realidade. Uma realidade onde o homem é a vítima e a mulher a agressora. De acordo com o relatório da APAV de 2018, a percentagem de mulheres vítimas deste crime ultrapassa os 80%. Contudo, por outro lado, a percentagem de homens vítimas de violência doméstica é superior a 40% e este é um número que tende a subir.
Claro que este lado é abafado devido à falta de denúncias originadas, sobretudo, pela vergonha.
Todos nós sabemos que, à partida, o homem é o ser humano mais forte, mais viril, mais poderoso. Já a mulher é vista como o ser frágil, emocional e extremamente sentimental.
Imaginemos a inversão dos papéis. É compreensível este silêncio no que toca à violência doméstica por parte do sexo masculino mas será o mais correto? Certamente que não!
Na minha opinião, é necessário mais ações de sensibilização para o facto de os homens também seres vítimas desta atrocidade que de ano para ano mata cada vez mais gente. É urgente a implementação de uma reforma estrutural no sistema legislativo português. As leis têm de mudar. Os criminosos têm de ser devidamente punidos.
Este tipo de crimes são premeditados e contínuos!
Deste modo, enquanto cidadãos, temos o dever cívico e legal de alertar as autoridades caso tenhamos conhecimento de uma situação de violência doméstica seja a vítima homem ou mulher.
É preciso pôr um ponto final nestes números cada vez mais assustadores, é necessário acabar com a chacina derivada deste crime inconcebível em pleno século XXI!
Eduquem os vossos filhos, irmãos, primos, tios, avós, pais para respeitarem a sua cara metade.
O amor não se prova com força nem com violência mas sim com respeito e consideração.
Eu digo NÃO à violência doméstica e tu?

Comentários

Mensagens populares deste blogue

A primeira vez

Uma viagem atribulada

Roxo 🟣